Fiscalização reprovou 59,7% das amostras de azeite de oliva

Operação Isis inspecionou 107 marcas comercializadas em todo o País

“O número de fraudes ainda é expressivo, mas o trabalho de melhoria do produto continua,” disse Fátima Chieppe Parizzi, Coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Não vamos desistir. Nosso objetivo é orientar o consumidor. É muito difícil para ele saber o que é azeite de oliva conforme e não conforme.”

A fiscalização do MAPA, batizada de Operação Isis, avaliou 107 marcas de azeite de oliva comercializadas por 65 empresas. A análise das amostras foi dividida em dois grupos.

No 1º grupo, com 39 empresas, 108 lotes de amostras foram Aprovados.

No 2º grupo, com 26 empresas, foram Reprovados 160 lotes.

Acesse abaixo as duas listas:

Marcas de Azeites Aprovadas – Conformes / Marcas de Azeites Reprovadas – Não Conformes

Baseada nas operações de fiscalização dos anos anteriores, foram analisadas mais amostras das empresas no 2º grupo, já que as envasilhadoras de azeite de oliva a granel eventualmente adotavam a prática de misturá-lo com outros óleos. Eram solicitadas a nota fiscal de saída do produto e a comprovação de compra da matéria-prima. Por meio desse método simples de verificar a documentação, os fiscais constatavam que muitas empresas não apresentavam fundamentos para vender azeite de boa qualidade.

Trezentos mil litros de produtos irregulares – e mais 400 mil litros de outros produtos classificados como temperos, mas com rótulos de azeite de oliva – foram retirados do mercado.

As empresas responsáveis pelas fraudes são autuadas e multadas no valor mínimo de 5 mil reais, acrescido de 400% sobre o valor da mercadoria fiscalizada. O valor máximo da multa permitida por lei é de 540 mil reais. Os produtos apreendidos estão proibidos para consumo humano, mas permite-se a reciclagem industrial, principalmente na produção de sabão.

As ações de fiscalização de qualidade do azeite são realizadas desde 2014. A última Operação Isis – nome em homenagem à deusa egípicia que teria criado o azeite extraído da oliveira – foi iniciada em abril de 2017 e estendeu-se até dezembro com a participação de 140 auditores fiscais agropecuários de todos os Estados. As amostras de todos os lotes de azeite procedentes de diferentes países foram analisadas nos laboratórios oficiais do MAPA em Goiás e no Rio Grande do Sul (Laboratórios Nacionais Agropecuários – Lanagros).

Em 2018, a Operação Isis, iniciada em janeiro, terminará em dezembro, e será ampliada para avaliar 470 amostras a serem coletadas em todo o País. A partir deste ano, as ações de fiscalização estão sendo intensificadas por meio de parcerias com a Receita Federal, Ministério Público, Polícia Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cuidado na compra
Fátima Parizzi aponta as duas principais irregularidades na comercialização do produto. Primeira, a mistura do azeite de oliva com outros óleos. Segunda, a tentativa de iludir o consumidor pelo rótulo.

“O consumidor precisa estar atento e não se deixar enganar pelas embalagens bonitas com ilustrações de azeitona ou com referências a Portugal e Espanha”, explicou a Coordenadora de Qualidade Vegetal. “Outro ponto muito importante é o preço. O consumidor deve desconfiar da unidade de 500 mL vendida a menos de R$ 10,00.”

É preciso observar também, e com bastante atenção, as informações descritas no rótulo para conferir a composição e os ingredientes.

Para que o produto seja considerado “azeite de oliva virgem”, ou “extravirgem”, não é permitida a presença de óleos vegetais refinados, de outros ingredientes e aromas ou sabores de qualquer natureza.

No caso de azeite de oliva refinado, o rótulo mencionará obrigatoriamente que é do “tipo único”.

Brasileiro consome cada vez mais azeite de oliva
Depois dos Estados Unidos, o Brasil é o maior importador mundial com 60 mil toneladas em 2017. As oliveiras cultivadas em propriedades rurais no Rio Grande do Sul, São Paulo e região Sul de Minas Gerais produzem menos de 1% do total consumido no País. O consumo per capita brasileiro hoje é de 0,35 litro.

Os Estados Unidos importaram 305 mil toneladas em 2017. O consumo norte americano per capita é de 1 litro.

Link: http: //www.agricultura.gov.br/noticias/fiscalizacao-reprovou-59-7-das-amostras-de-azeite-de-oliva

Jornal do Comércio “Azeite da Prosperato figura entre os melhores do mundo”

Empresa é a única brasileira no Ranking Mundial dos Azeites Extravirgens de 2017

Guilherme Daroit

A improvável trajetória do azeite Prosperato, iniciada em 2011 no canto de um viveiro da Tecnoplanta, em Barra do Ribeiro, atingiu um novo ápice na virada do ano, com a publicação do Ranking Mundial dos Azeites Extravirgens (Evoowr, na sigla em inglês). O ranking, compilação dos prêmios distribuídos pelo mundo em 2017, colocou o Prosperato Premium como o 83º melhor azeite do mundo, único brasileiro na lista de 253 produtos.

Braço de uma das maiores empresas de mudas para florestas do País, com quase 1,3 mil funcionários, a Prosperato ainda não chega a 10% do faturamento da Tecnoplanta. “Em energia, porém, colocamos muito mais nas oliveiras. Ficamos o dia todo falando sobre isso, que é uma coisa apaixonante”, comenta um dos sócios-diretores da empresa, Rafael Marchetti.

Filho de um dos fundadores da empresa, Marchetti entrou na Tecnoplanta no mesmo ano em que o novo negócio surgiu como alternativa em período de baixa na indústria florestal. Hoje, aos 24 anos de idade, Marchetti é quase um espelho da própria olivicultura gaúcha: jovem e em constante especialização, dedicando-se a cursos em extração e análise sensorial de azeites em países como Estados Unidos e Espanha.

Empresas & Negócios – Como receberam a notícia do Evoowr?

Rafael Marchetti – Para nós, com pouco tempo de produção (o primeiro azeite comercial é de 2013), ficar acima de gente que está há muito mais tempo na cultura é algo que incentiva. Normalmente, os azeites europeus buscam prêmios para vender ao mercado externo, para países que não são produtores e podem pagar bastante. Já nós, aqui no Brasil, somos grandes consumidores, então, no nosso caso, serve muito mais para convencer o brasileiro de que o produto daqui é de qualidade.

Empresas & Negócios – Mesmo sendo algo novo, o mercado já reconhece o azeite nacional?

Marchetti – No início, havia uma certa dificuldade, porque, como o azeite é brasileiro, o consumidor tendia a achar que tinha que ser mais barato do que o importado. Pensávamos em como iríamos competir com azeites que o consumidor pega e pensa “bah, vou levar um italiano!”, que tem essa sensação de que o que é de fora é melhor. Tinha um receio, mas, conforme fomos estudando, vimos que há um abismo entre azeite de qualidade e o azeite comum, disponível nas grandes redes. O grande lance do azeite brasileiro, que nenhum importado jamais vai ter, porque nunca vai estar mais perto do que nós, é o frescor. O custo para importar um azeite de forma adequada da Europa é muito alto. É muito mais viável, para quem quer consumir um azeite de padrão internacional, ter a produção a mais próxima possível do consumo. Até por isso, nosso maior canal de vendas é o direto ao público, no lagar (onde é feita a extração, em Caçapava do Sul). As pessoas gostam da sensação de ir lá e buscar direto na fonte.

Empresas & Negócios – A importância do frescor é diferente do caso do vinho?

Marchetti – No início, a gente também achava que azeite era uma coisa que deixava na prateleira. Pelo contrário. Azeite nada mais é que um suco de azeitona, que até é um termo que vem ganhando espaço no exterior, para as pessoas perceberem que é o produto de uma fruta, não é de um grão. É um processo muito mais natural, que, por não envolver químicos, tem uma validade mais curta. Quanto mais rápido consumir, mais vai aproveitar os benefícios naturais da azeitona, e esse é o maior diferencial para a pessoa que vai investir em um produto que é certo que vai trazer benefícios para a saúde.

Empresas & Negócios – Há como competir com o importado no varejo?

Marchetti – Não se compete, primeiro pelo preço, mas também por quantidade. Nos perguntam em qual supermercado estamos, mas temos um produto de baixa escala. É uma coisa muito nova, e o consumidor tem que entender que vai ser encontrado em loja especializada, ou direto com o produtor. As pessoas, aos poucos, acredito e espero, começam a entender o azeite daqui como aconteceu com o vinho, que nem se falava em variedade de uva há pouco tempo. Chegam até nós comentando que nem sabiam que existia mais de uma variedade de azeitona, acham que a do azeite é a mesma da conserva.

Empresas & Negócios – Pensam em expandir a produção?

Marchetti – Agora, com os olivais envelhecendo, cada ano produzem mais. Temos um com 13 anos, mas os outros todos não chegam a 8 anos. Aos poucos, esperamos que o consumidor entenda que é um produto sazonal. Colho anualmente e preciso vender o mais rápido possível, então, enquanto tiver o azeite, eu tenho. É muito difícil ainda de explicar, porque, na memória das pessoas, elas vão no supermercado e as marcas A, B e C estão lá todos os dias do ano. Já as frutas, você sabe que uma época vai ter pêssego para vender, e em outra não. Não é nada anormal, na Europa também o produtor pequeno passa pela mesma situação. Fechamos o ano com 300 hectares próprios, em Caçapava do Sul e São Sepé, e também em Barra do Ribeiro e Sentinela do Sul, que é o plantio mais recente. Isso foi algo que a empresa decidiu fazer, muito pela questão climática e menos pela logística, porque fica complicado de trabalhar com áreas distantes assim. Mas é o que tem nos salvado a manter o produto no mercado.

Empresas & Negócios – Qual a expectativa para este ano?

Marchetti – Neste ano tivemos um inverno quente e um frio fora de época, que confundiu as plantas. Esperamos uma produção menor que a do ano passado, por conta do clima, e vai se repetir o caso, que é a falta de produto da nossa parte. Em 2017, começamos a vender em março, e o azeite terminou em outubro, com um volume considerável, cerca de 13 mil litros de azeite. Para este ano, é difícil prever, porque não temos uma análise química das frutas para saber o rendimento. Mas acredito que vamos ficar em torno de 10 mil litros, que é uma produção ainda muito baixa pela demanda.

Empresas & Negócios – Há uma cadeia que permita comprar azeitona de outros produtores?

Marchetti – Compramos a fruta de alguns que queiram vender, mas não são todos. Em geral, o pequeno produtor pega a sua fruta e leva na nossa extração para fazer o beneficiamento. Ele quer ter as garrafas de azeite dele, e nós fazemos esse serviço. Isso é bem interessante porque multiplica as marcas. No ano passado, na Expointer, tínhamos 18 marcas expostas, e nove delas que fizemos. E como neste ano teve esse problema climático, muitos talvez nem tenham produção. Mas é agricultura, é um tiro no escuro, depende de fatores que fogem do controle.

Empresas & Negócios – Ainda existe muita gente entrando na olivicultura?

Marchetti – A procura tem sido alta, medimos por aqui, porque temos um modelo de negócio em que vendemos as mudas, fazemos o plantio e entregamos a área para os clientes como se fosse nossa. Mas alguns ainda entram com muita ansiedade. Temos sido cautelosos de explicar que é uma cultura de longo prazo, não vai começar a produzir logo, nem produzir igual todos os anos. A oliveira não é assim. Em qualquer lugar do mundo ela é demorada, leva tempo para atingir uma fase adulta e o negócio se tornar mais rentável. Aqui elas dão os primeiros frutos com 3 ou 4 anos, mas não é uma produção comercial ainda. Leva tempo, mas lá adiante é recompensador.

Link: http://jcrs.uol.com.br/_conteudo/2018/02/cadernos/empresas_e_negocios/611314-azeite-da-prosperato-figura-entre-os-melhores-do-mundo.html

Fotos da 7ª Abertura da Colheita da Oliva no RS

 

Entrada da Fazenda Quinta Santha Júlia

Olivas na tela de proteção

Presidente Cláudio e Diretores da Pró Azeite no Stand

Profª Luciane, Associada da Pró Azeite, Cláudio, e aluno da faculdade de Bagé

Diretor da Ibraoliva, Fernando Schwanke, em visita ao stand da Pró Azeite ao lado Presidente Cláudio e Diretores da Pró azeite

Presidente da IBRAOLIVA, Eudes Marchetti, em visita ao Stand da Pró Azeite.

Deputado e Secretário da Agricultura do RS, Ernani Polo, com o Presidente Cláudio

Cláudio com o olivicultor Renato.

Olivicultor Daniel, de Bagé, em visita ao stand da Pró Azeite

Deputado Ernani Polo e Deputado Edson Brum em conversas com o Presidente Cláudio no Stand da Pró Azeite

Presidente da Pró Azeite Cláudio, Presidente da Ibraoliva Eudes, Profª Drª Isabel, Diretor da Ibraoliva Fernando e Vice Presidente da Ibraoliva Alcyr.

Alunos de gastronomia da profª Drª Isabel Machado

 

Presidente Cláudio com professor (as) da PUC e UFSM

Reunião com funcionários da Casa da Moeda do Brasil para tratar da elaboração do Selo da Pró Azeite